Renomados estilistas
fecham os desfiles da SPFW
Último dia da SPFW traz estilistas renomados e amados. Taco de beisebol dourado em punho, a elegância perversa do verão de Alexandre Herchcovitch entrou em cena fazendo um corpo a corpo com a platéia. 
Na passarela super estreita, alguns modelos incorporaram tão bem o personagem Alex de Large, do filme “Laranja mecânica” (1971, de Stanley Kubrick), que dava um arrepio na espinha quando passavam.
Estampa de chapéus, inspirada em René Magritte, ternos de calças mais curtas, agasalhos dourados de náilon sobre calças cinzas, ternos em tom de vinho no tecido de tapeçaria deixaram a platéia com a respiração presa até o último minuto num desfile que teve a modelo Shirley Mallmann em excelente momento de androginia.
No contraponto, para acalmar com poesia, Ronaldo Fraga contou em bordado, branco, cambraia e rendas, a riqueza do artesanato brasileiro. Ponto de partida: “Turista aprendiz”, viagens etnográficas de Mario de Andrade pelo Norte e Nordeste entre 1927 e 1929.
Em parceria com a comunidade de artesãos de Passira, no Agreste de Pernambuco desenvolveu peças com todo tipo de bordado e trabalho feito a mão: da renda Renascença ao ponto de cruz, lembrando as toalhas de mesa e os lençóis das feiras de artesanato.
Vestidos e batas construídos em leves sobreposições, flores compondo a estampa de renda e xadrez azul em vestidos românticos vão ser muito cobiçados na loja.
Gloria Coelho abriu o último dia suavizando a arquitetura Frank Gehry de seus vestidos com fitas de organza. Na V.Rom, o estilista Igor de Barros promoveu o encontro entre a alfaiataria e o esporte com bons resultados, como os ternos em efeito cinza riscado de calças mais curtas, calças afuniladas na perna e coloridos agasalhos em listras coloridas.
Fernanda Yamamoto estreou na São Paulo Fashion Week num dia de craques. Foi uma primeira vez sutil, com uma visão muito pessoal da paisagem urbana em São Paulo, transposta para os vestidos em delicadas geometrias coloridas. Dica inteligente para usar os hot pants: sob a transparência dos vestidos e túnicas de organza.
Arquitetônico, experimental, glamouroso, André Lima encerrou a São Paulo Fashion Week com 21 vestidos de sonho. Amarelo, rosa, dourado, riscos gráficos, multicoloridos e delicados paetês quadrados coloriram vestidos longos e curtos, que comprovaram em ondulações, movimento e graça o talento do estilista. Agora é só ficar atenta ao que vai pegar no verão.
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